terça-feira, 26 de julho de 2011

É diferente, vem com a gente...

Existem dois artistas, dentre tantos outros, que considero muito a opinião: O cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro e o cartunista argentino Quino. Existem duas frases que encontrei em suas obras que convergem na mesma direção. Na canção de Zeca, que atende pelo nome de Samba de um Janota só (Janota significa "idiota", e talvez o mais interessante seja o fato que esse samba tem um ritmo caribenho), perto do final, a seguinte frase é proclamada pelo cantor: "Eu penso que se todos quiserem ser diferenciados, no final, serão todos iguais".

Numa tira de Mafalda, a pequena pensadora encerra os quadrinhos com um comentário a respeito da postura de Miguelito, que, apesar de não saber o que vai ser quando crescer, afirma que não será apenas mais um do "montão": "Mais um que faz parte do montão dos que não querem pertencer ao montão".

Caso não tenha ficado claro, a minha postura é a seguinte: não é porque algo faz sucesso que não seja bom, e não é falando mal daquilo que não é "maldito" (sua benção, Macalé) unicamente por essa característica, que você, caro intelectual, estará acima da tão criticada "massa". Nesse gosto por ser diferente, contrário e, talvez, indefinível, seremos iguais a tantos outros também....


PS: Que diabo de postagem amarga, não?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Quando um amigo me mostra algo "engraçado" na internet...

Em geral, é isso que acontece:






Mas, de vez em quando, é engraçado de verdade.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Fora da Ficção...

José acordou no meio da noite sem saber ao certo o motivo de um ruído estranho que acontecera ao lado de fora. Seu cachorro latia muito, aborrecido.
Havia anos que abandonara todas as superstições e tolices sobrenaturais que agora chamava infantis. Ainda assim, apanhou o bastão mais próximo e rumou para fora da porta.
-O que foi, Rex?
Logo percebeu a origem dos latidos: a bolinha verde limão de brinquedo estava presa abaixo da casinha e o animal (o cachorro, no caso) não podia apanhá-la. Apesar de breve o distúrbio, achou que não conseguiria dormir outra vez, e então, se encaminhou para o banheiro. Fitou sua imagem cansada no espelho por alguns segundos, e teve impressão de que um vulto se mexia logo atrás: não passou de impressão. Baixou o rosto momentaneamente enxaguando-o e tornou a se olhar no espelho, viu refletida uma imagem disforme, mas não gastou mais que alguns intantes para perceber que era seu rosto não muito belo.
Porém, passaram-se alguns segundos, e as luzes se apagaram repentinamente. Logo, porém, constatou que apoiara as costas no interuptor.

Lembrou-se então que teria de trabalhar no dia seguinte, que nunca segurara na vida um revólver ou uma espada (ainda menos um varinha mágica), que nunca vira nada fora do comum e que suas "aventuras" não encheriam sequer meia página de best-seller. Foi dormir com a paz que só a vida banal de um zé-ninguém pode oferecer.