quarta-feira, 11 de junho de 2014

Res noua

Certo rapaz ou moça, um certo dia a certa hora, decidiu que iria torcer contra o Brasil na copa do mundo pra protestar contra a FIFA e os gastos do governo.
Ele ou ela estava sentado em seu sofá, quase cochilando, quando ouviu batidas que não vinham de um corvo.
Havia uma série de pessoas admiradas e com sua postura questionadora e corajosa e mostrando o que decidiram fazer a partir de então:


Bruce Wayne ficou tão sem jeito que decidiu que ele/ela deveria ser o novo líder da revolução pra combater a ditadura do Super Man.


Nick Fury ficou admirado e perguntou se ele/ela já ouvira falar da Iniciativa Vingadores


Ele/ela foi convidado pra participar de Diários de Motocicleta 2, atuando como líder intelectual de Che Guevara


A cidade de Tiradentes teria seu nome trocado para o dele/dela


Harold Bloom achou essa frase tão linda que deveria entrar para o cânone universal


As pessoas começaram a escolher mais o Chris Redfield no Resident Evil 1


Seu Madruga pagou os 14 meses de aluguel vendendo todos os Churros e o Corpo do Benito


Uma certa nova rádio brasileira, levada por esse espírito de mudança e revolução decidiu parar de tocar Ana Carolina, Jorge Vercillo, Pedro Mariano e Max de Castro 8 vezes por dia cada um.


Uma certa livraria cheia de Cultura decidiu cobrar preços minimamente parecidos com os da concorrência


Seu Sidney abriu mão de seu papel de mentor da humanidade e deu seu lugar a ele/ela,


As propagandas com o Dollynho foram abandonadas.




Pessoal, se é que alguém lê minhas bobagens, nada de raiva. Não estou falando de ninguém em particular. Não mesmo, isso que você ouviu, não é você, não. Talvez, se você comenta notícias da Folha Online com frequência, seja você... .Torça pra quem quiser, não torça, faça o que bem entender: apenas aceite uma piadinha vez em quando, afinal, sendo de humor não pode valer só quando usamos dele pra ridicularizar a opinião dos outros, né? Não é? NÃO É? Deixa pra lá...

terça-feira, 27 de maio de 2014

Das semelhanças entre a educação e o futebol

Na presente época de copa de mundo, muito se critica a respeito deste evento. Trata-se de algo compreensível, afinal, um país tirar da cartola dinheiro para investir em estádios quando vinha afirmando, categoricamente, que não investia mais em educação e saúde por falta de verbas não deve ser algo menosprezado. Mas será que é mesmo necessário opormos tão frontalmente educação e futebol? Pensei um tanto sobre isso e descobri algumas semelhanças que aproximam esses dois assuntos e que mostram que dá pra refletir sobre um e outro por tabela e ainda terminar com um gol de letra:

1) A primeira e mais básica: todo mundo acha que tem capacidade pra opinar sobre educação/futebol.

"Tira o Neymar e o Paulo Freire e coloca o Bourdieu pra aumentar o capital cultural do clube"

2) Os pais/torcedores sempre acham que o professor/juíz está perseguindo o filho/time em detrimento dos demais. 

3) A educação/futebol não é mais como nos tempos áureos, segundo muitos, não se sabe explicar porquê, mas resta uma certeza: a educação/futebol vai mal, no Brasil.

4) Sempre há um corpo de especialistas disposto a apontar o dedo na cara de professores/treinadores dizendo que fazem tudo errado, mas quando se vêem às voltas com a prática, fracassam como todos os outros.
Sacaram a referência Internacional e Selecionada?

5) É muito mais fácil culpar e cortar a cabeça do professor/treinador de uma classe com mau desempenho/um time medíocre do que pensar numa reforma mais ampla que contemple todos os níveis.

6) Um estudante com talento/jogador habilidoso que confia só na capacidade e na sorte, sem disciplina e esforço, dificilmente terá uma carreira duradoura

7) Estudantes/jogadores, quando ganham dinheiro com aquilo que fazem (pesquisa/ser atleta profissional) são vistos como sortudos que ganham dinheiro sem precisar trabalhar.

8) Quando o professor/treinador dá conselhos aos seus alunos/jogadores em beira do campo, a imensa maioria só balança a cabeça e concorda sem estar prestando atenção, de fato.

"Aham, Cláudia, senta lá"

9) Ah, e cuidado, sempre haverá uma corporação querendo dinheiro dizendo para você que se você investir logo cedo no seu filho por meio (veja só que coincidência!!) da escola deles, ele estará mais bem preparado que os demais (que peninha... nem todos podem vencer na vida...) para o competitivo mercado de trabalho/da bola.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O que eles realmente dizem?

Quase tão útil quanto qualquer aula numa faculdade de letras, esse vídeo mostra como nossos ouvidos , quando sugestionados, conseguem aproximar duas linguas tão diferentes como a última flor do Lácio brasileira e a japoa (se é que o que os lutadores falam é realmente japonês).



Ah, e também mostra como alguns videogames podem render análises mais produtivas do que muitos livros, apesar do fato de algo ser passível de uma análise acadêmica se dever, também, a eles e não aos autores.

Fonte: Canal sardaomalandraj.


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Lendo o "nossa íngua portuguesa", pela primeira vez





Tá aprovado (e "serto"!!) !
Éveribódi lóvis íti...

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Um sonho muito estranho

É bem verdade que as palavras "sonho" e "estranho" colocadas juntas numa mesma frase, fatalmente, acarretam uma redundância. Afinal, não são poucas as pessoas que podem enumerar casos de sonhos que fariam Dr. Freud esfregar as mãos com ar de contentamento ao ver situações das mais absurdas juntas numa mesma mente que, muitas vezes, quando acordada, não demonstra um décimo da criatividade que coloca em operação durante o sagrado sono humano. Meu caso, porém, foi especial.

Percebi que andava em meio a uma multidão que me olhava com um misto de respeito e temor. Todos trajavam vestes muito antigas.
Eis que um deles se adiantou e se atirou aos meus pés gritando, em latim, que necessitava de minha ajuda. Não entendi porque o homem tomou tal atitude, mas para minha grande surpresa, quando lhe respondi, falei em latim com a perfeição que não tenho na leitura das obras mais simples. Um homem ao meu lado, transtornado pela triste figura jogada a meus pés, repeliu-o com violência. Enquanto ele era expulso, pude ouvir suas palavras: "Obrigado, grande César, nosso pai!". Tudo se clareou, então, em minha mente: eu era Júlio César, general, triúnviro, ditador e comentarista nas horas vagas. Supus que este homem ao meu lado, então, a julgar pelo seu rosto que me é familiar por moedas e pelo seriado da HBO...
- Antônio?
-Diga, César.
-Não é nada, desculpe.
Pude olhar tudo em volta com tranquilidade, então, e ver que estava no centro de Roma, não uma série de ruínas, mas uma cidade cheia de vida, e uma vida que me idolatrava, gritava meu nome, implorava por meus favores diante dos meus pés. Não vou mentir, foi uma sensação ótima. Logo, contudo, tive um pressentimento ruim que percorreu minha espinha e todo meu corpo, em seguida.
-Antônio, para onde vamos?
-Ao senado, ora essa, para onde mais seria?
Sinto que empalideci, contrastando com a roupa púrpura que utilizava.
-Só por curiosidade, então, em que dia estamos?
-Não sei ao certo, é março... idos de março, na verdade. Antes de Cristo, acho (Antônio era um homem à frente de seu tempo). Algum problema?
Estava quase dando as costas e correndo em direção contrária quando um grupo de senadores jogou Antônio para fora e me empurrou para dentro do senado e trancou as portas. Felizmente não senti dor, mas percebi pelo menos 23 facadas até que Brutus (até este miserável!) pôs fim ao meu sofrimento. Antes de morrer, porém, pude ver que Cícero espiava toda a cena do andar de cima, não me ajudou nem me agrediu, apenas disse com um ar distante: "Eu concordo com protestos, mas sem vandalismos, distintos varões!". 

Acordei com a certeza de que precisaria tirar umas boas férias de líderes autoritários, de extremistas e de conciliadores. 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

As propagandas mais peculiares da televisão brasileira

Está mais do que provado que nem toda propaganda pode ser tao boa como uma Eneida, por exemplo, ainda que muitas outras, evidentemente inferiores a esta, tenham obtido o mesmo resultado de ganhar tanto destaque que nem damos tanta importância ao produto (ou imperador) que ela puxa o saco. Entretanto, algumas propagandas tornam-se inesquecíveis por um outro aspecto: o da bizarrice. Ignorando o da "selaria texana", por exemplo, vejamos aquilo que a Tv. exibe com relativa frequência e que desperta aquela familiar sensação de constrangimento:

1) Seu Sidney, o foda.

Esta frase resume tudo, não há mais nada a ser dito sobre o bonachão idoso-propaganda da Ultrafarma. Seu Sidney tem um rosto pacato, um olhar sonhador e um sorriso piedoso que desperta comoção no mais frio dos homens. Mas não se deixe enganar, por onde seu Sidney passa tudo ganha vida nova: o desejo sexual vai à flor da pele e os gananciosos comerciantes abrem mão de lucros astronômicos em troca do bem -estar da população. Seu Sidney conquista as mulheres, debate com os acadêmicos, joga xadrez com os idosos e futebol com as crianças, pratica caridade para com os pobres e, apesar disso tudo, não é candidato a nenhum cargo político. Contam que Chuck Norris o chama de "mestre".
Claro que se você nunca sintonizou o intervalo do Sr. Brasil, onde as propagandas, voltada para o público na melhor idade, apenas divulga argamassa e remédios, você não conhece o seu Sidney. Mas não se preocupe, cedo ou tarde, todos o veremos: dizem que José Mayer encontrou Seu Sidney na cama com uma namorada sua.

2) Dollynho, seu amiguinho.

Como se a canção composta por um ex integrante do Big Brother não fosse o bastante, o departamento de marketing da marca de refrigerantes nacional decidiu, numa astuta jogada, atacar, também, o público infantil. A aposta não poderia ser mais acertada: é mais do que claro que é impossível para um adulto, (e quem dirá para uma criança) não se render aos encantos da garbosa garrafinha falante. Dollynho tem os movimentos suaves e delicados e seus traços bem desenhados aliados a uma desenvoltura perfeita tornam-no o melhor objeto-propaganda da história dos refrigerantes. Sempre dando bons conselhos, valorizando o natal, a páscoa e o papai e a mamãe, Dollynho apenas não virou mascote de Marco Feliciano por este suspeitar de sua peculiar vozinha fina, mas é tudo questão de tempo, afinal, não há uma grande diferença intelectual entre uma garrafa pet cantora e os ideias defendidos pelo indivíduo supracitado.


3) Decolar.com as celebridades

Não é de hoje que os publicitários inventam associações bizarras entre celebridades e seus produtos. Para o profundo engenho das mentes que criam propagandas em nosso país, o verdadeiro publicitário consegue criar as associações mais ilógicas colocando um jogador de futebol dizendo que apoia o posicionamento de Hannah Arendt sobre a infância moderna. Mas ninguém foi tão longe quanto a Decolar.com nessa empreitada! Não senhor, ao invés de colocar um ou outro artista, ela colocou 700, um após o outro, sem qualquer relação (a não ser é claro, o fato de serem celebridades o que, sabemos, é um argumento inquestionável para atestar sua perfeição) mostrando que eles compram passagens por esta companhia. E é assim que se laça uma boiada por todos os lados: você pode encontrar com o Papa Francisco (se, no ápice de sua humildade, ele não tiver ido de Praça Ramos - 8696) ou com Sérgio Malandro em qualquer avião. 
PS: Como se não bastasse, vemos Bruno de Luca (que há tempos, tomou o papel de Odisseu como viajante modelo) olhando abismado para os baixos preços e Daniella Mercury que enquanto canta o jingle da empresa, faz um movimento igual ao da Chiquinha (do Chaves) quando se sente embaraçada.


Todas essas pérolas se encontram no Youtube, escolha sua preferida!

domingo, 19 de maio de 2013

Conhece quem tome a Mafalda por modelo?



Acho que, de vez em quando, tomam mais o Manolito...