sábado, 19 de fevereiro de 2011

Nova Cerveja

Agora que a consagrada bebida virou até tema de samba enredo (não que isso seja grande referência para o bom gosto), resolvi lançar minha marca também:

Skol Johnny Cage: Pra competir com a Antártica Sub-Zero. (Photoshop nada, eu tenho Microsoft Paint!!)

Eu sei, chama-se tempo de sobra... voltando as aulas acabam as idiotices, mas rir ainda é o melhor remédio, ainda que de trocadilhos infelizes.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Considerações musicais



Reflexões pessoais sobre uma de minhas coisas preferidas:



1) Se você quer música brasileira de qualidade, procure! Se ficar esperando que grandes compositores vão ao programa do Faustão, Gugu ou Eliana espere sentado, ou melhor, vá ler um livro;

2) Não tenha medo de ofender os "deuses": não gosto dos Beatles (qualquer semelhança com a turma da Mafalda é mera coincidência) e me decepcionei com o último cd do Chico que comprei - Carioca-;

3)Boa MPB não é só aquela que o Tatit analisa na aula de Semiótica: existe muita gente nova de excelente qualidade que merece consideração, ao invés de babarmos eternamente aos pés de Caetano e dos outros consagrados;

4) A TV acaba comigo: Adoro Skank e Zeca Pagodinho, mas não aguento mais ver a cara dele e do Samuel Rosa em todo canal que eu sintonizo. Ainda estou tentando absorver o Zeca Baleiro num comercial de cerveja. (Ouçam a interessante parceria dele com Kléber Albuquerque na música "Tevê" do álbum O Coração do Homem Bomba vol. 2);

5) Não gosto de ópera, mesmo com a propaganda da Folha com o peixe cantando, tampouco música clássica: respeito e admiro, mas jamais colocaria no meu MP3 (sim, eu ainda tenho um Mp3, mas meu nome não é Fred Flinstone);

6)TODOS compositores tem frases infelizes, e ao saber que Chico, Caetano, Zeca, Lenine, Moska também derrapam, fiquei muito menos carrasco com os mais fraquinhos com as palavras;

7) No século XXI, um compositor que dedique doze em cada treze músicas a só falar de amor é muito pouco (quem me conhece sabe de quem eu falo);

8) Morro de medo dos "ecléticos": "Eu gosto de Parangolé, Metálica, Tati Quebra-barraco, Tom Jobim e Maria Cecília e Rodolfo, além de Kiko Zambianhchi";

9) Não aguento mais todo mundo cantando "Que País é Esse?". A melhor versão pra mim ainda é dos Paralamas;

10) Jards Macalé e Sérgio Sampaio são exemplo de excelentes compositores malditos, mas nem todos Undergrounds que não fazem sucesso são bons, alguns merecem o anonimato que possuem.



É só um breve desabafo, mas como vem de mim, não poderia vir mal-humorado.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Crítica - Drácula de Bram Stoker


Ainda que a febre do momento sejam as histórias de vampiros, e que livros com as tais temáticas abundem e irritem a qualquer leitor que não tenha tendência a se apaixonar por um não-morto (na minha tradução da expressão usada pelo Prof. Van Helsing) esse é um livro que vale um pouco mais de reflexão, e por que não dizer, de diversão também.

O enredo é quase que de domínio público, em grande parte pelo sucesso da adaptação de Coppola que alterou alguns aspectos: Jonathan Harker é um corretor imobiliário que a mando de seu patrão (sempre são eles os culpados) vai visitar o castelo do Conde Drácula a fim de resolver algumas questões burocráticas sobre as aquisições recentemente realizadas pelo nobre em território inglês. Porém, ele descobre que seu anfitrião é uma criatura não humana que ruma para a Inglaterra buscando expandir seu domínio maléfico.

A crítica define a obra como de horror, mas ressalvas devem ser feitas a fim de se evitar uma injustiça: o terror que há em Drácula é sutil e inteligente, devido em grande parte ao modo como a narrativa se constitui. Composta com anotações de diários e fragmentos de reportagens e correspondências, temos ao menos 4 narradores que estão em grande parte sem saber com o que exatamente estão lidando já que a ordem que os textos são dispostos no livro foi elaborada após o meio da história, e como o leitor tem conhecimento de quem é o antagonista, acompanha angustiado os infortúnios que cercam as personagens até o seu momento de compreensão e partam então na caçada pelo vampiro.

O tempo da narrativa se desenvolve no século XIX, numa sociedade encarando o que seria o auge até então do desenvolvimento científico tecnológico que o homem havia experimentado. O deslumbramento pela tecnologia desfila pelos olhos do leitor na escrita taquigráfica, na máquina de escrever, no fonógrafo, nas 4 transfusões de sangue realizadas na mesma paciente com doadores diferentes sem que haja nenhuma reação contrária e etc.

A oposição entre os heróis e o monstro está fortemente atrelada à geografia onde se desnvolvem as ações: de um lado temos a Transilvânia supersticiosa, ignorante e retrógrada; do outro a Ingalterra culta, desenvolvida científicamente e cristã. Lá, o Conde é o poder máximo, aqui, ele é derrotado. A diferença também se manifesta nos valores que estão envolvidos: O grupo humano é honrado, corajoso, movido pelo amor e amizade e pela fé e obediência a Deus; Drácula é uma criatura herege e movida unicamente pelo instinto, incapaz de desenvolver sentimentos, e apesar dos anos de existência, mostra um cérebro infantil, agindo sempre com a mesma ideia fixa que o motivara em seu passado nos campos de batalha.

Ainda há muito a se falar sobre o papel da mulher, sobre a união da fé e da ciência, sobre a medicina caseira, mas eu já estou cansado. Até outra oportunidade. É um bom livro no qual eu paguei a exorbitante quantia de 6 reais (eliminar o intermédio do tradutor traz economia).