quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Lendo o "nossa íngua portuguesa", pela primeira vez





Tá aprovado (e "serto"!!) !
Éveribódi lóvis íti...

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Um sonho muito estranho

É bem verdade que as palavras "sonho" e "estranho" colocadas juntas numa mesma frase, fatalmente, acarretam uma redundância. Afinal, não são poucas as pessoas que podem enumerar casos de sonhos que fariam Dr. Freud esfregar as mãos com ar de contentamento ao ver situações das mais absurdas juntas numa mesma mente que, muitas vezes, quando acordada, não demonstra um décimo da criatividade que coloca em operação durante o sagrado sono humano. Meu caso, porém, foi especial.

Percebi que andava em meio a uma multidão que me olhava com um misto de respeito e temor. Todos trajavam vestes muito antigas.
Eis que um deles se adiantou e se atirou aos meus pés gritando, em latim, que necessitava de minha ajuda. Não entendi porque o homem tomou tal atitude, mas para minha grande surpresa, quando lhe respondi, falei em latim com a perfeição que não tenho na leitura das obras mais simples. Um homem ao meu lado, transtornado pela triste figura jogada a meus pés, repeliu-o com violência. Enquanto ele era expulso, pude ouvir suas palavras: "Obrigado, grande César, nosso pai!". Tudo se clareou, então, em minha mente: eu era Júlio César, general, triúnviro, ditador e comentarista nas horas vagas. Supus que este homem ao meu lado, então, a julgar pelo seu rosto que me é familiar por moedas e pelo seriado da HBO...
- Antônio?
-Diga, César.
-Não é nada, desculpe.
Pude olhar tudo em volta com tranquilidade, então, e ver que estava no centro de Roma, não uma série de ruínas, mas uma cidade cheia de vida, e uma vida que me idolatrava, gritava meu nome, implorava por meus favores diante dos meus pés. Não vou mentir, foi uma sensação ótima. Logo, contudo, tive um pressentimento ruim que percorreu minha espinha e todo meu corpo, em seguida.
-Antônio, para onde vamos?
-Ao senado, ora essa, para onde mais seria?
Sinto que empalideci, contrastando com a roupa púrpura que utilizava.
-Só por curiosidade, então, em que dia estamos?
-Não sei ao certo, é março... idos de março, na verdade. Antes de Cristo, acho (Antônio era um homem à frente de seu tempo). Algum problema?
Estava quase dando as costas e correndo em direção contrária quando um grupo de senadores jogou Antônio para fora e me empurrou para dentro do senado e trancou as portas. Felizmente não senti dor, mas percebi pelo menos 23 facadas até que Brutus (até este miserável!) pôs fim ao meu sofrimento. Antes de morrer, porém, pude ver que Cícero espiava toda a cena do andar de cima, não me ajudou nem me agrediu, apenas disse com um ar distante: "Eu concordo com protestos, mas sem vandalismos, distintos varões!". 

Acordei com a certeza de que precisaria tirar umas boas férias de líderes autoritários, de extremistas e de conciliadores. 

quarta-feira, 31 de julho de 2013

As propagandas mais peculiares da televisão brasileira

Está mais do que provado que nem toda propaganda pode ser tao boa como uma Eneida, por exemplo, ainda que muitas outras, evidentemente inferiores a esta, tenham obtido o mesmo resultado de ganhar tanto destaque que nem damos tanta importância ao produto (ou imperador) que ela puxa o saco. Entretanto, algumas propagandas tornam-se inesquecíveis por um outro aspecto: o da bizarrice. Ignorando o da "selaria texana", por exemplo, vejamos aquilo que a Tv. exibe com relativa frequência e que desperta aquela familiar sensação de constrangimento:

1) Seu Sidney, o foda.

Esta frase resume tudo, não há mais nada a ser dito sobre o bonachão idoso-propaganda da Ultrafarma. Seu Sidney tem um rosto pacato, um olhar sonhador e um sorriso piedoso que desperta comoção no mais frio dos homens. Mas não se deixe enganar, por onde seu Sidney passa tudo ganha vida nova: o desejo sexual vai à flor da pele e os gananciosos comerciantes abrem mão de lucros astronômicos em troca do bem -estar da população. Seu Sidney conquista as mulheres, debate com os acadêmicos, joga xadrez com os idosos e futebol com as crianças, pratica caridade para com os pobres e, apesar disso tudo, não é candidato a nenhum cargo político. Contam que Chuck Norris o chama de "mestre".
Claro que se você nunca sintonizou o intervalo do Sr. Brasil, onde as propagandas, voltada para o público na melhor idade, apenas divulga argamassa e remédios, você não conhece o seu Sidney. Mas não se preocupe, cedo ou tarde, todos o veremos: dizem que José Mayer encontrou Seu Sidney na cama com uma namorada sua.

2) Dollynho, seu amiguinho.

Como se a canção composta por um ex integrante do Big Brother não fosse o bastante, o departamento de marketing da marca de refrigerantes nacional decidiu, numa astuta jogada, atacar, também, o público infantil. A aposta não poderia ser mais acertada: é mais do que claro que é impossível para um adulto, (e quem dirá para uma criança) não se render aos encantos da garbosa garrafinha falante. Dollynho tem os movimentos suaves e delicados e seus traços bem desenhados aliados a uma desenvoltura perfeita tornam-no o melhor objeto-propaganda da história dos refrigerantes. Sempre dando bons conselhos, valorizando o natal, a páscoa e o papai e a mamãe, Dollynho apenas não virou mascote de Marco Feliciano por este suspeitar de sua peculiar vozinha fina, mas é tudo questão de tempo, afinal, não há uma grande diferença intelectual entre uma garrafa pet cantora e os ideias defendidos pelo indivíduo supracitado.


3) Decolar.com as celebridades

Não é de hoje que os publicitários inventam associações bizarras entre celebridades e seus produtos. Para o profundo engenho das mentes que criam propagandas em nosso país, o verdadeiro publicitário consegue criar as associações mais ilógicas colocando um jogador de futebol dizendo que apoia o posicionamento de Hannah Arendt sobre a infância moderna. Mas ninguém foi tão longe quanto a Decolar.com nessa empreitada! Não senhor, ao invés de colocar um ou outro artista, ela colocou 700, um após o outro, sem qualquer relação (a não ser é claro, o fato de serem celebridades o que, sabemos, é um argumento inquestionável para atestar sua perfeição) mostrando que eles compram passagens por esta companhia. E é assim que se laça uma boiada por todos os lados: você pode encontrar com o Papa Francisco (se, no ápice de sua humildade, ele não tiver ido de Praça Ramos - 8696) ou com Sérgio Malandro em qualquer avião. 
PS: Como se não bastasse, vemos Bruno de Luca (que há tempos, tomou o papel de Odisseu como viajante modelo) olhando abismado para os baixos preços e Daniella Mercury que enquanto canta o jingle da empresa, faz um movimento igual ao da Chiquinha (do Chaves) quando se sente embaraçada.


Todas essas pérolas se encontram no Youtube, escolha sua preferida!

domingo, 19 de maio de 2013

Conhece quem tome a Mafalda por modelo?



Acho que, de vez em quando, tomam mais o Manolito...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Algumas comunidadades do Orkut que você pode (ou não) sentir falta

Não minta pra mim, você já teve Orkut. Eu não te condeno por tentar esconder isso, afinal, essa é uma atitude básica do ser humano (a por muitos chamada, pejorativamente, de "cuspir no prato que comeu"), basta pensar que, após encher o estômago, um apetitoso filé do restaurante mais nobre de São Paulo parece tão interessante quanto um churrasco grego numa travessa da Santa Ifigênia. Porém, como nada nunca é apenas flor ou espinho (com a benção de Nelson Cavaquinho), vamos lembrar de algumas comunidades que já fizeram nossa alegria ou desespero, a depender de cada um. Não se envergonhe, todos tivemos pelo menos alguma desta lista e, não sou o Conselheiro Aires, mas também perdoo a todos, como na ópera.

1) Comunidades obviamente lógicas: Todos já tiveram pelo menos uma. Seus títulos envolviam raciocínios complexos e absolutamente inovadores, do estilo: "Eu amo ser feliz", "Eu não gosto de ser triste", "Ser feio é foda" (essa tinha, ao menos, uma repetição de "efes"), "eu gosto de ter dinheiro"... Caso você não estivesse buscando, apenas, um "parceiro de atividades" (Há, te lembra disso?, como diria Altemar Vigário) mas sim o amor da sua vida, basta ver que, como vocês dois amam a felicidade, a compatibilidade é absoluta.

Sério Mesmo?

2) Comunidades homenageando um amigo: Bom, se você era um garoto não muito emotivo ou que não costumasse ou quisesse ser o amigo de todo mundo jamais haveria uma comunidade dessas dedicada a você. O processo é mais ou menos o seguinte: como o orkut foi pensado para ser um eterno elogio mútuo, existiam diversas formas de mostrar, publicamente, como se gostava de alguém (com o eterno intuito de uma mão lavar a outra). Uma delas era batizar uma comunidade de "Eu amo o Marcelitcho Zanfra", por exemplo, (lembrando que isso nunca existiu) e agregar a enorme quantia de 30 membros (naquelas de maior popularidade) além de criar um único fórum com uma temática que girava em torno de "Qual é a melhor história desse cara muito louco?" ou "Por que vocês adoram o Marcello?" (não preciso dizer que isso jamais ocorreu em realidade paralela alguma). Para que isso servia? Não sei, nunca fizeram uma pra mim (pausa para lágrimas)...

Esse cara era eu (quem não adora um cara desses?)

3) Comunidades de cronistas do cotidiano: Assuma, você já teve uma dessas! Todo mundo já teve um rebuliço quando viu que mais de cem mil pessoas gostavam de miojo cru, nunca terminaram uma borracha, abriam a geladeira pra pensar, não entendiam as vinhetas da MTV ou etecétera. O perigo que tal tipo de comunidade propriciava, contudo, era para algumas pessoas que buscavam apoio em grupo no Orkut e não encontravam: o tio do primo de um amigo da minha mãe, conta-se, cometeu suicídio ao não ter nenhum seguidor em sua comunidade "Pensei que era sorvete mas era dobradinha", todos tinham ido para a concorrência.

"Todo dia ela faz tudo sempre igual..."

4) Comunidades de gozadores do cotidiano: Esse grupo descende, diretamente, do anterior. Talvez cansados das comunidades supracitadas, eles se punham a fazer trocadilhos sobre o seu cotidiano, num resultado ainda mais deprimente do que o Zorra Total com uma participação especial do Pânico na TV. Provavelmente você já viu algo como, "eu faço aniversário no dia em que nasci", "nunca vi a minha nuca" e etc. Não vou criticar a concorrência...


Eu preciso contratar esse cara!

5) Comunidades que definem sua personalidade: Uma das coisas mais difíceis era definir quem você era naquele espaço do perfil. Para resolver isso, existiam trocentas comunidades (todas óbvias, obviamente) que definiam seu modo de ser. A saber: "Eu odeio gente falsa", "Eu sou tímida, e daí?", "Só legal, não tô de dando mole", "Fala na cara, seu bosta" (desculpe o palavrão, estou apenas citando). Era gostoso ver como muitas pessoas que diziam ser impossível se auto definir, tinham tantas comunidades mostrando sua personalidade. É o orkut sendo útil na vida de todos nós, vai ver é melhor saber quem somos por uma categoria previamente criada por outros...

Um caso típico...

6) Comunidades do Chaves: Segundo minha teoria, o orkut foi criado unicamente para atender uma demanda dos fãs de Chaves (eu, entre eles). Era um prazer indescritível ver uma comunidade nomeada com aquela frase brilhante de um dado episódio que você achava que apenas você conhecia. Se você tivesse comunidades do tipo: "Eu amo Chaves", "Chaves de Acapulco é o melhor", "Seria melhor ter ido ver o Pelé" você seria apedrejado como um poser, um ser humano indigno de carregar o título de fã de Chaves. Os verdadeiros seguidores tinham mais de 150 comunidades, uma espécie de maçonaria do pastelão, competindo para ver quem, ao mesmo tempo que desencavava as frases mais perdidas, conseguia o maior número de seguidores. (Certa vez tentei criar uma e consegui trinta membros)

Sigam-me os bons (o suficiente)

Mas afinal, só as criaturas que nunca criaram uma comunidade com menos de 10 membros é que são ridículas. (Álvaro de Campos / Fernando Pessoa/ Marcello Peres Zanfra)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Capcom anuncia um novo jogo da franquia Resident Evil...

Todo mundo odeia o Chris Redfield:

"Eu não preciso disso, meu marido tem dois consoles"


Estou com a impressão 
de que perdi meu emprego


Dados sobre o lançamento:
Este jogo custou 53 dólares e 27 centavos.
O Drew vem com munição infinita.
O Perigo disponibiliza qualquer arma ou spray de primeiros socorros.
Cuidado com Golpe-Baixo.
Por cinco dólares por dia, a Tonya não contará pra sua mãe que você saiu de noite pra matar zumbis.

Cara, você é muito louco.